23 November 2006

16 dias pelo fim da Violência contra as Mulheres

A Campanha 16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização mundial criada para alertar e chamar a população para um problema social que deve ser combatido diariamente: a violência contra as mulheres. Dirigida a toda a sociedade, a mobilização dá ênfase às violências sofridas pelas mulheres, com o objetivo de prevenir, dar visibilidade à problemática e orientar sobre como proceder em situação de violência.


Criada em 1991, pelo Center for Women´s Global Leadership (Centro para a Liderança Global das Mulheres), a mobilização acontece em 130 países e, em 2006, completa 16 anos. A Campanha Mundial, neste ano, tem como tema central Os direitos humanos e a violência contras as mulheres. Assim, os 16 dias de ativismo são usados para fortalecer a auto-estima das mulheres vitimadas e estabelecer um elo simbólico entre a violência contra as mulheres e direitos humanos.


No Brasil, o lema adotado este ano é 16 anos de Campanha: assuma essa luta!A idéia é fazer um chamamento à sociedade pela adesão da causa, mostrar que esta é uma luta que deve ser abraçada por todas as pessoas, denunciar a violência contra as mulheres e evidenciar que é uma violação aos direitos humanos. De 20 de novembro a 10 de dezembro, a Campanha ganha as ruas de todo o Brasil, com o slogan adotado desde 2004, Uma vida sem violência é um direito das mulheres. O objetivo é despertar a consciência das pessoas para refletir sobre o assunto, encorajar e apoiar as mulheres a denunciar as situações de violência, em casa, no trabalho ou nos espaços públicos. E para que desenvolvam ações para por um fim a violência.


Este ano, a Campanha faz alusão aos 16 anos ao apresentar 16 segmentos de mulheres, com o objetivo de dar visibilidade às violências específicas sofridas por essas mulheres, e orientar as mulheres em situação de violência sobre os caminhos a serem percorridos para romper com o ciclo de silêncio e de agressões. Os segmentos são: lésbicas, meninas, jovens, negras, trabalhadoras urbanas, trabalhadoras rurais, trabalhadoras domésticas, portadoras de deficiência, mulheres encarceradas, portadoras do vírus HIV, profissionais do sexo, indígenas, idosas, donas de casa, migrantes e mulheres na política.


Realizada no Brasil desde seu lançamento em 1991, a partir de 2003 a AGENDE Ações em Gênero Cidadania e Desenvolvimento, organização feminista da sociedade civil, sediada em Brasília, começou a promover a Campanha em âmbito nacional com a participação de um número significativo de organizações da sociedade civil, em especial as redes e articulações nacionais de mulheres, feministas e de direitos humanos, de órgãos governamentais, representações de Agências da ONU no Brasil, empresas públicas e privadas.


A forte articulação política e o engajamento de diversos segmentos da sociedade têm sensibilizado diversos atores políticos e os veículos de comunicação do País. Além do website e do Boletim Eletrônico da Campanha, uma ampla produção de materiais (folheto informativo, calendário, cartaz, camiseta, banner, VTs, CD com spots para rádio, cartilhas temáticas, outdoor e busdoor) subsidiam as múltiplas atividades realizadas em vários estados brasileiros e no Distrito Federal.

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