Religião: culto prestado a uma divindade; crença na existência de um ente supremo como causa, fim ou lei universal; conjunto de dogmas e práticas próprias de uma confissão religiosa; a manifestação desse tipo de crença por meio de doutrinas e rituais próprios; crença, devoção, piedade; reverência às coisas sagradas; qualquer filiação a um sistema específico de pensamento ou crença que envolve uma posição filosófica, ética, metafísica etc; vida religiosa.
Eu sou bruxa, wiccaniana e apesar de nunca ter sofrido preconceito por causa da minha fé, sei que ela existe. E muitas vezes eu não declaro minha fé justamente para evitar o disse-que-me-disse, o blábláblá. E também porque demora um bom tempo até explicar por alto o que é a bruxaria, a Wicca e “não, a gente não mata criancinha”, “não a gente não faz sacrifício de animais” etc..
Na Wicca podemos cultuar os orixás, mas não como são cultuados nas religiões afro-brasileiras. Como a Wicca permite o culto a todas às representações da Deusa e do Deus, podemos nos nossos rituais adorar às divindades africanas, japonesas, havaianas, gregas, egípcias, etc, etc, etc....
Hoje, no Correio Brasiliense, tem uma reportagem sobre o “vandalismo” que está destruindo pouco a pouco umas estátuas de orixás que enfeitam um ponto turístico aqui de Brasília. 5 das 16 estátuas de orixás criadas por um artista plástico para decoração da Prainha já foram destruídas. As imagens têm 1,50m, de fibras de plástico e são presas aos pedestais de concreto por vergalhões de ferro.
A Praça dos Orixás foi inaugurada em 2000. É um dos pontos turísticos mais visitados do Distrito Federal, seja pela visão que descortina do Lago Paranoá, seja pelas esculturas. Cada uma das divindades custou ao GDF R$ 4,5 mil, mas, no mercado de artes, o valor delas varia entre R$ 20 mil e R$ 25 mil. (ponto importante. Estão destruindo um patrimônio público que é valiosíssimo).
Na madrugada de sábado, um grupo de pessoas ainda não identificadas promoveu novo ato de vandalismo (leia-se intolerância religiosa) contra o espaço que celebra os cultos afro-brasileiros: foram derrubadas as imagens de Xangô – o deus justiceiro, e a de Oxalá – o deus da paz. Em 15 de abril, a vítima havia sido Oxóssi – o deus da caça. Em dezembro de 2005, a estátua de Iemanjá foi queimada e três meses antes, a imagem de Nanã havia sido arrancada e jogada em um depósito de entulhos da Candangolândia.
Para o coordenador local da Federação Nacional do Culto Afro-brasileiro, não há dúvidas que o vandalismo praticado seguidamente contra as imagens de orixás é motivado pela intolerância religiosa. “Se houvessem invadido uma igreja para destruir a figura de um santo, haveria uma mobilização muito maior entre as autoridades e entre os políticos. Aqui, temos pedido iluminação e policiamento e ninguém nos escuta”, desabafa.
(ESSE É O PONTO. É assim que a pretensa tolerância religiosa se manifesta. Ainda que esteja na constituição brasileira, na prática não se vê essa liberdade religiosa...)
Xangô
Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo. É um orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém justiceiro. Costuma se dizer que Xangô castiga os mentirosos e malfeitores.
Oxalá
É o orixá responsável pela criação do mundo e dos homens. Ligado a paz e a paciência é considerado uma das mais poderosas divindades das religiões afro-brasileiras.
Nanã
É considerada o "orixá mais antigo do mundo". Deusa das chuvas, senhora da morte, é responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e de saída (desencarne) da vida.
Oxóssi
É o deus da caça e da fartura, protege a natureza – especialmente, as florestas. É o patrono de Ketu, principal corrente do candomblé praticado no Brasil.
Iemanjá
No Brasil, Iemanjá é um orixá dos mais populares. Está ligado ao mar. É a grande mãe, vaidosa e zelosa por seus filhos que, em retribuição, costumam presenteá-la com flores, perfumes.