Disparates: Lealdade - Francisco Goya Quero escrever um poema para ver se consigo dar um jeito nessa coisa puída no meu calcanhar, no meu bustiê. Mas ainda não consegui achar as palavras corretas para me livrar de vez dessa coisa que me prende às minha roupas gastas.
Roupas gastas não nos aquecem nem nos acolhem. Roupas velhas não servem para sair. Roupas puídas não servem se queremos atenção. Roupas esfarrapadas não nos valorizam como merecemos (ou queremos).
Roupas gastas só servem para acumular nostalgia. Roupas velhas mal lembram de quando você ainda cabia nelas. Roupas puídas nos enganam, fingindo ser uma opção. Roupas esfarrapadas mentem serem inteiras suas para não serem jogas fora.
Já vou dizendo de antemão.
Se eu encontrar com você,
Tô com três pedras na mão.
É Magoa - Ana Carolina
Fotografei você na minha Rolley-Flex.
Revelou-se a sua enorme ingratidão
Desafinado - Tom Jobim
Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu.
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu.
Carolina - Chico Buarque
Naquele dia senti que, finalmente,
Tua máscara ia cair definitivamente.
Eu estava cansado de te ouvir mentir.
A Outra Volta do Parafuso - Paulinho Moska
Às vezes eu me surpreendo com a minha capacidade de ficar chorando sobre a mesma merda de leite derramado durante meses e meses. Que coisa cacete!
3 comments:
Sininho,
Minha querida, quem nunca chorou pela mesma coisa várias vezes? Eu sou mestre nisto! Eu tbm me comprometi em jogar muitas coisas fora, não quero mais roupas velhas de jeito nenhum...
Deixa isso pra lá e vá ser feliz!
=***
Exercícios de "let go" são sempre complicados. Mas sabemos que tem grande valor.
Aproveitando o ensejo minha cara bruxa....gostaria de convidá-la pra um ritual que deve realizar-se em junho. Uma celebração de uma deusa interessante, Heuet-heret. Entrarei em contato.
bjts
Oi Sartaaaaa!!!!!
saudadesssssssssssssssssss
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